Por mais habituado que esteja ao modo como sou visto e entendido, por quem, sabendo da minha existência, não interage comigo, continuo a esboçar sorrisos internos quando as percepções caem por terra e são verbalizadas manifestações de surpresa.
Há uma imagem que me tem acompanhado toda a vida, muito por minha culpa, confesso, e que induz em erro aqueles que só me conhecem das redes sociais ou do “ouvir falar”.
Quanto à primeira, nada pode ser feito porque, há muitos anos, só uso as redes sociais para trabalho de divulgação.
Em relação à segunda, que apenas merece uma reflexão mais aprofundada para efeito deste exercício de escrita, sobressaem duas ideias.
1 – Há quem se dê ao trabalho de incluir o meu nome em conversas com terceiros, dando-me uma importância que não reconheço nem almejo. E nada mais tenho a dizer sobre isto porque o que falam de mim não me diz respeito.
2 – Há quem faça deduções de carácter, apenas pelo que escuta. Esta constatação sugere-me alguns pensamentos.
a)
há quem viva mais na ficção e no achismo do que com a realidade.
b)
há quem prefira o rumor à verdade.
c)
há quem dedique mais atenção à vida alheia do que à própria.
d)
é mais confortável ver nódoas na toalha do outro.
e) quem fala dos ausentes também tem costas.
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