Ler um bom livro é meio caminho andado para a descoberta e aprendizagem, mas reler algumas obras transcende esse horizonte e, não raras vezes, leva-nos a um entendimento mais amplo e a novas revelações.
Isso acontece por uma razão muito simples, nem sempre presente no nosso consciente… a cada livro lido transformamo-nos em leitores diferentes, porque a informação absorvida é um complemento intelectual que nos ajuda a melhorar a capacidade de raciocínio e percepção.
Se, a este facto, juntarmos a nossa maturação, enquanto indivíduos, fica óbvio que uma releitura será sempre diferente do primeiro contacto com o livro. Da mesma forma que uma terceira leitura produzirá entendimentos distintos. E assim por diante.
Neste contexto, a última releitura que fiz, de um texto estoico, proporcionou-me uma epifania, que me surpreendeu por só agora, nesta fase adiantada da vida, ter percebido – antes tarde que nunca – sobre o quão estreita é a linha que separa a filosofia da psicologia.
Que me perdoem, Freud e Lobo Antunes!
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