sexta-feira, 14 de junho de 2013

MARIA JOÃO BRITO DE SOUSA

A ti poetisa porque Deus quis
Eu te falo com doçura na voz
Exalto as tuas belas raízes poéticas
Enalteço o talento de gerações passadas.
De ti poetisa porque Deus deseja
Eu aprendo o que é ser poeta
E revejo o sentimento
Que apenas os poetas têm.
Para ti poetisa porque Deus permite
Eu quero que escrevas ainda mais
Quero que nos delicies com teu talento
E nos faças sonhar
Ao sabor da tua poesia
Dos teus soberbos sonetos.
A ti poetisa porque Deus consente
Eu quero dizer palavras de louvor
Mas não há adjectivo que te sirva
Nem verbo que te descreva.
Para ti poetisa porque Deus acredita
Eu deixo a minha gratidão pela mestria
Pelos ensinamentos e pelos conselhos.
Em ti poetisa porque Deus aceita
Eu sempre quero ver e sentir
A tua alma poética
A alma de…
Poeta Porque Deus Quer

Poema extraído do meu livro POETAS QUE SOU - Lua de Marfim - 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

JOSÉ JORGE LETRIA


Chegado aos quarenta anos
acho que ainda não ganhei medo algum
nem da morte, nem do que a vida me dá.
Não que tenha pensado muito no assunto
simplesmente não perco o meu tempo
a medir a coragem ou os receios
como bastantes poetas fazem.
Há muito que cheguei à conclusão
da inutilidade desses pensamentos.
As preocupações nada mais são
que grandes inquietações precoces
fora de tempo e que nos restringem.
Como criador que me penso e sinto
não permito que sejam traçados limites
no meu apetite de criatividade.
Afinal, eu também respiro o que escrevo. 

Poema extraído do meu livro POETAS QUE SOU - Lua de Marfim - 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

MIA COUTO


No dealbar da vida
existe a nascente
do rio sem nome.
 
As águas correm
de braço dado com a morte
e sepultam as pedras feitas pó.
 
Só os caminhos gastos
andam descalços
e escapam à eternidade
de um destino certo.

Poema extraído do meu último livro POETAS QUE SOU - Lua de Marfim - 2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

VINÍCIUS DE MORAES


Não cantarei nenhuma balada
tampouco uma canção falada
o que eu dissesse seria trivial
escreverei o poema do nada
só em métrica desengonçada
estilo meu, rimado mas banal.
 
Não te direi motes de louvor
esses jamais saberei compôr
tu sim, porque eras especial
deste corpo de letra ao amor
escreveste da paixão o sabor
revelaste teu lado sentimental.
 
Na poesia sou o poeta mudo
sem capa, batina ou sobretudo
serei poeta d'agora, temporal
tu foste poeta em quase tudo
máscara de ti, foste Entrudo
foste bem mais que Carnaval.
 
Faço versos tal como eu sou
neste plano onde vivo e estou
da vida que gira, qual espiral
tua poesia viva, mundo girou
até nós hoje mais viva chegou
e fez de ti um poeta universal.

Poema extraído do meu livro POETAS QUE SOU - Lua de Marfim - 2013