domingo, 31 de março de 2024

Diário do absurdo e aleatório 183 - Emanuel Lomelino

As questões são pertinentes. Por que diabos procuro adquirir o maior número possível de livros clássicos? Por que razão tenho um fascínio tão grande por obras intemporais? Para quê gastar tempo e dinheiro em literatura? Qual o propósito de reunir tantos, e tão díspares autores, géneros, temáticas, abordagens?

Poderia dar uso a mil e um argumentos, cada um mais válido que o anterior, mas temo que nenhum deles seja inteiramente esclarecedor sem o complemento dos restantes.

Fazê-lo pela metade seria dizer meias-verdades e omitir factos. Enumerar todas as razões revelar-se-ia uma tarefa hercúlea - porque demorada, mas, sobretudo, por ser demasiado fastidiosa para satisfazer a curiosidade alheia.

Assim sendo, e sem o mínimo de temor pelos julgamentos que esta obsessão pode suscitar, deixo ao critério de cada um a avaliação da esquizofrenia que me move.

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