domingo, 30 de agosto de 2009

Matar a poesia

Mera presunção de quem sabe juntar letras
querer fazer as vezes dos poetas
arrotando palavras num papel
sem a sensibilidade que os poemas merecem.
Leviandade de quem tem tempo nas mãos
ideias desconexas para dar a conhecer
regurgitando versos assimétricos
sem a mestria dos verdadeiros poetas.
Teimosia numa acção sem mérito
alucinações de carácter lascivo
vómito de frases destemperadas
sem a nobreza que se deseja na escrita.
vaidade num garatujar inóspito
sem vergonha de matar o poema
bolsando pedaços de saber inofensivo
sem inteligência para partilhar.
Reflexões sobre a existência de nada
cogitações plagiadas sem remorso
jactos de prosápias delatoras.
Celebração de tempos ignóbeis
bazófias sem justificação coerente
falta de denodo original, sem timbre
jorro de palavras cruelmente copiadas.
Acções assassinas da bela poesia.

4 comentários:

  1. Manu!

    Dia após dia ...o que mais encontramos por aí é o assassinato das palavras, da poesia.
    Mas enquanto existirem poetas lutaremos até o fim para resgatá-la!
    Lindo poema!!!
    Parabéns ,amigo poeta de alma nobre!
    Abraço

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  2. É triste que assim aconteça... cada um deveria escrever o que lhe vai na alma... com ou sem jeito, só assim teria valor!


    Aplaudo este grito de coragem que o poema transmite!

    um beijo

    Breizh

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  3. Boa Tarde,querido !
    Verdade ... nossa que sonho. Meu e-mail é :
    camargoc16@ig.com.br

    Já que vc está em Portugal,convide amigos para
    conhecer meu blog. Beijos,beijos,beijos
    Obrigada por me fazer feliz,
    Cibele

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  4. Bom dia Manu!
    Amo passar por aki.

    Ótima semana....Beijos meus!

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