domingo, 23 de agosto de 2009

Tempo c/ Breizh da Viken

O tempo pára, que somos?
Fantasias construtoras de um futuro ausente
escrevemos poesia, bebemos utopias
somos cálices prazenteiros de comunhão
nesta vida vazia de sociedade apetecida.
Deserto de cimento arquitectónico, selva arrumada
suja de tanto ser passeada! Vivemos na jaula da cidade.
Lá nos sabemos, lá nos conhecemos, lá nos escrevemos.
O tempo urge, nada falece, nada se move
a clepsidra goteja.
Quem fez o tempo parar?
por que se ausentam as fantasias da esperança
quem renega o valor da criatividade feliz e inovadora
quem ousa impedir que descrevamos o mundo a nossos olhos
quem controla o tempo?
Aquele tempo que impunemente nos foge pelos dedos
deixando as nossas mãos alagadas de suores por escorrer.
A quem convém a nossa obra suja e inacabada?
Quem é dono das mordaças que nos querem abraçar a boca
quem é quem? Quem nos responde?
A ampulheta continua a esvaziar.
Este poema é o resultado de uma parceria com a minha amiga Breizh da Viken

3 comentários:

  1. Conheces uma música de Caetano Veloso: Tempo, Tempo, Tempo...?
    Tem tudo a ver com este teu poema.Muito bonito e reflexivo!
    Bom estar aqui ...abraço

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  2. Belíssima parceria!
    Apreciei muito o que li!
    Desejo uma ótima semana para você!
    Um beijo carinhoso

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  3. Foi um prazer escrever contigo...

    beijo

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