O tempo pára, que somos?
Fantasias construtoras de um futuro ausente
escrevemos poesia, bebemos utopias
somos cálices prazenteiros de comunhão
nesta vida vazia de sociedade apetecida.
Deserto de cimento arquitectónico, selva arrumada
suja de tanto ser passeada! Vivemos na jaula da cidade.
Lá nos sabemos, lá nos conhecemos, lá nos escrevemos.
O tempo urge, nada falece, nada se move
a clepsidra goteja.
Quem fez o tempo parar?
por que se ausentam as fantasias da esperança
quem renega o valor da criatividade feliz e inovadora
quem ousa impedir que descrevamos o mundo a nossos olhos
quem controla o tempo?
Aquele tempo que impunemente nos foge pelos dedos
deixando as nossas mãos alagadas de suores por escorrer.
A quem convém a nossa obra suja e inacabada?
Quem é dono das mordaças que nos querem abraçar a boca
quem é quem? Quem nos responde?
A ampulheta continua a esvaziar.
Conheces uma música de Caetano Veloso: Tempo, Tempo, Tempo...?
ResponderEliminarTem tudo a ver com este teu poema.Muito bonito e reflexivo!
Bom estar aqui ...abraço
Belíssima parceria!
ResponderEliminarApreciei muito o que li!
Desejo uma ótima semana para você!
Um beijo carinhoso
Foi um prazer escrever contigo...
ResponderEliminarbeijo