sábado, 15 de agosto de 2009

Dói amar-te

Como é triste a melancolia.
Como é triste a recordação de um dia.
Tenho uma dor no peito
Há muito que me atormenta
E não há consolo que a possa aplacar.
Tenho esta dor de estimação
Vivo com ela, na esperança
De um dia olhar o passado
Olhos nos olhos e dizer:
"Valeu a pena ter sofrido assim".
Mas enquanto esse dia não chega
Faço das fraquezas, força
E vivo um dia de cada vez.
Tenho uma dor no peito
Por apenas te amar a ti
E saber que nunca te vou ter.
Amo-te com consciência
Da fatalidade que é amar-te.
Mesmo assim não recuo
E continuo a amar-te
A desejar-te como és
A querer-te em meus braços
A idolatrar o teu ser
A venerar-te, rainha dos meus tormentos.
Tenho esta dor no peito
Que me consome por inteiro
Mas não me liberto dela
Doa o que doer
Porque só essa dor
É memória de uma paixão
É sinal de um sentimento
Que perdura no tempo
Que me conduz na vida.
Amo-te e isso dói.

2 comentários:

  1. Olá Manu,
    Bonito poema de amor! Durido...mas muito bonito.
    Dizem que o tempo cura tudo, até lá escreve...pode ser que te alivie.

    Beijo

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  2. Olá Breizh! A poesia foi, é e será sempre sentimento. Escreverei sempre. Beijo.

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