Há uma máxima da antropologia que nos diz que para conseguirmos entender melhor outras civilizações temos de colocar de parte tudo o que aprendemos sobre o nosso entorno.
Porque nunca conseguirei ler todos os livros essenciais, não sei se alguém escreveu sobre a aplicabilidade desta ideia em formatos mais reduzidos.
Seja como for, tenho usado esse conceito no intuito de compreender os comportamentos que me cercam e tem dado certo. Pelo menos não fica tão confuso entender as razões que dão origem a atitudes que me são estranhas.
No entanto, a posteriori, levantam-se-me outras questões antropológicas porque, apesar de ter controlo sobre as minhas faculdades, tenho uma mente inquisitiva que recusa viver com dúvidas e não se inibe de colocar novas perguntas, a cada resposta encontrada.
Feito este parêntese, depois de entender os motivos que originam determinada acção, fico a pensar como é possível que, no seio de uma mesma civilização, possam existir comportamentos tão distintos e valores tão díspares.
Entre as várias hipóteses que considerei, só uma consegue apaziguar o turbilhão mental em que, sistematicamente, embarco: o objecto de estudo é o humano, logo, pelas suas características natas, e embora possamos encontrar uma linha condutora, é possível coexistirem incontáveis faces na mesma moeda.
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