domingo, 24 de março de 2024

Diário do absurdo e aleatório 137 - Emanuel Lomelino

Muitas vezes, antes de dar asas ao cumprimento do meu ofício de lazer, revejo as primeiras páginas deste compêndio de exercícios e nasce em mim uma frustrante revolta pela pobreza franciscana que tenho derramado.

Apesar do número de fiéis leitores, sempre generosos no acompanhamento, os textos soam-me tão insonsos quanto miseráveis e dificilmente me satisfazem. Há sempre algo que, na hora da concepção, passa despercebido, mas na releitura ganha destaque como estivesse manchado de fluorescência.

Admito que o meu sentido de autocrítica ultrapassa, amiúde, os níveis de razoabilidade, mesmo na avaliação de meros exercícios sem pretensões literárias, porém, sem ele a minha escrita estagnaria.

E, convenhamos, os maus textos não só aborrecem como também emburrecem.

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