quinta-feira, 21 de março de 2024

Diário do absurdo e aleatório 122 - Emanuel Lomelino

Entrar numa livraria é transpor um portal, que nos leva, qual máquina do tempo, a viajar por mundos que, de outro modo, nos estariam vedados. Transformamo-nos em turistas literários de visita a outras civilizações, geografias, experiências e saberes.

Ingressar numa biblioteca pode ser uma odisseia pungente que nos obriga a oscilar entre as emoções mais díspares, como estivéssemos na montanha-russa mais sinuosa, rápida e íngreme. Saltamos da apreensão para o humor, do medo para a alegria, da serenidade para o caos.

Cada estante é uma paleta de conhecimentos à distância de um simples gesto. Um contentor de sabedoria ao alcance da vontade de aprender. Podemos abraçar povos, culturas, metamorfoses, histórias e experiências.

Cada livro é um postigo que, depois de aberto, revela realidades passadas, explica o presente e nos faz acreditar em múltiplos futuros paralelos. Atravessamos mares, desertos e labirintos; sentimos gostos, odores e deslumbramento, confrontamos ideias, conceitos e filosofias, testamos razão, lucidez e improviso.

Enfim, entrar numa livraria, ou biblioteca, analisar estantes e prateleiras, pegar um livro e folheá-lo é abrir as portas ao máximo das possibilidades.

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