segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Lomelinices 36 - Emanuel Lomelino

Lomelinices


36


Quando o tema de conversa é a Vida, existem quase tantas definições aplicáveis como gente no mundo. Para uns é isto, para outros é aquilo, para alguns é aqueloutro, para os demais é assim, para poucos é assado, para os restantes talvez não seja nada disso ou tudo junto.

Um dos aspectos comuns a todas as opiniões, mas sempre esquecido, ou melhor dito, nunca lembrado, é o facto de a Vida também ser uma unidade de tempo variável e os relógios que a medem sermos todos nós, com a particularidade de raramente estarmos no mesmo estágio de medição, porquanto cada um tem a Vida à sua medida.

A maior diferença da Vida para as outras unidades de medida do tempo é a sua perecidade. Enquanto os anos, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos e os segundos serão eternos e existirão para lá da existência de cada um, a Vida, na especificidade aqui explicada, termina com a morte daquele a quem serviu.

Seguindo esta linha de raciocínio, pode-se aferir que cada Vida é tão única como as impressões digitais.

Assim sendo, à pergunta:

- O que é a Vida?

Pode-se responder:

- A Vida é… pessoal e intransmissível.

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