sábado, 6 de abril de 2024

Diário do absurdo e aleatório 219 - Emanuel Lomelino

Por razão do ofício de escrita, que me move e onde me cumpro, elaborei alguns mecanismos auxiliares de autodisciplina, que permitem adquirir o máximo de conhecimento possível e, simultaneamente, filtrar as informações essenciais para as minhas criações.

A ideia base assenta na premissa de que os autores devem conhecer profundamente todas as vertentes e nuances da sua arte, inclusive as que são contrárias ou opostas aos seus próprios conceitos.

Sendo evidente que cada autor deve assumir as características mais adequadas ao seu labor individual, não deixa de ser interessante conhecer os diversos modelos de composição, mais não seja para, com outra propriedade, poder expressar na sua arte os motivos pelos quais se é contracorrente.

Por outro lado, e seguindo a velha máxima “o saber não ocupa lugar”, ter um entendimento mais vasto do seu próprio universo permite ao autor um maior leque de ferramentas que, por sua vez, pode funcionar como estímulo à criatividade.

Esse conhecimento também pode ser aproveitado para meros exercícios de escrita, como o que agora termino, e no qual decidi dissertar sobre esta temática, da forma suscita e mais fluída possível, adicionando o extra, irrelevante, de fazê-lo em cinco parágrafos, terminando todos com uma palavra iniciada com a letra “C”. 

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