segunda-feira, 8 de abril de 2024

Diário do absurdo e aleatório 229 - Emanuel Lomelino

Os bons livros são aqueles que exercem a função de mestres e, sem presunção nem culto de personalidade, dispõem-se a olhar-nos – meros aprendizes – como seus iguais, deixando-nos desfrutar a nossa independência intelectual.

Enquanto leitores, discípulos atentos dos discursos impressos, cabe-nos a tarefa de interpretar, per si, meditar e retirar as conclusões que acharmos mais assertivas, de acordo com o nosso entendimento.

A relação livro/leitor (mestre/aprendiz) é a que mais se aproxima da interacção perfeita. Um ensina, outro aprende. Um sugere, outro intui. Um revela, outro descobre.

Os bons livros não são arrogantes. Os bons leitores são modestos. Os bons livros partilham. Os bons leitores absorvem. Os bons livros não são herméticos. Os bons leitores desenvolvem pensamentos.

Como diz, repetidamente, um colega de trabalho: “Quando o mestre é bom…”

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