sábado, 6 de abril de 2024

Diário do absurdo e aleatório 220 - Emanuel Lomelino

Olho o mundo com os olhos de quem tem fome de transformar sonhos impossíveis em realidades presentes e palpáveis. Deixo que o olhar se espraia nos horizontes da vontade e voe livremente sobre as ilusões, ignorando dogmas e utopias, na demanda dos sonhos que dão sentido à vida. Quero para mim todo o conforto da realização pessoal mesmo que os espinhos se cravem na minha carne, dilacerem o meu corpo e as cicatrizes demorem uma eternidade a sarar. Desejo para mim mais do que os meus braços alcançam, mais do que o destino me outorga, apenas e só porque mereço o inatingível. Mais não seja pela perseverança ou teimosia que desde sempre está enraizada em mim. E quando a morte chegar e beijar este meu rosto arrefecido, pode depositar tudo o que alcancei na vida, com sangue, suor e oceanos de lágrimas, na sua sala de troféus na condição de indicar a sua proveniência. A ti, ceifadora, sugiro que uses este chavão: "Aqui jazem as conquistas de um eterno sonhador".

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