domingo, 7 de abril de 2024

Diário do absurdo e aleatório 221 - Emanuel Lomelino

Crê-se que a língua portuguesa comporta cerca de trezentas e setenta mil palavras registadas, sendo que apenas cinquenta mil são consideradas de uso corrente. No entanto, em média, no dia-a-dia, são utilizadas três mil: mil e quinhentas mais usadas e as restantes com menos frequência.

Analisando estes números, agudiza-se o amargo de boca por ficar provado que a maioria dos autores tem uma aversão inquietante aos dicionários e enciclopédias, que se torna evidente na pobreza vocabular e excesso de termos repetidos nas criações.

O que mais aflige é saber que, apesar das ferramentas estarem mais disponíveis que sempre, há uma preguiça generalizada que impede explorá-las.

Não se exige permanente erudição nem o emprego de dezenas de milhares de palavras, contudo, recorrer a um vocabulário mais vasto permite que os textos ganhem qualidade e, consequentemente, suscitem maior interesse.

Mas isto é apenas a minha opinião, enquanto leitor.

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