sexta-feira, 5 de abril de 2024

Diário do absurdo e aleatório 211 - Emanuel Lomelino

Poema PULSAR de Augusto de Campos

Muito por conta do gene mais decisivo do estro e por não conceber criação sem literacia, imponho-me absorver o máximo de conhecimento sobre matérias essenciais, mesmo daquelas em que não me revejo, mas que podem aportar elementos teóricos úteis ao meu ofício, até por oposição.

Esta busca por entendimento mais vasto em géneros, estilos e propostas literárias distintas, que deveria ser transversal a todo o universo da escrita, proporciona-me muitos momentos de reflexão interessante.

Neste contexto, e apesar de perceber os conceitos base do concretismo, tenho uma dúvida que só pode ser esclarecida por quem navega neste movimento literário.

Como se conseguem ler textos concretistas a um cego, de forma que os elementos espaciais não sejam omitidos, ou prejudicados por descrições intermediárias?

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