19-07-2024
Ponto prévio… sou convictamente laico, jamais discuto religião, guio-me na vida pelos mandamentos da minha consciência e não tento doutrinar ninguém.
Outros há que acenam aos ventos as suas bandeiras de crença, tentam evangelizar como fossem mandatados por divindades, mas têm ideias e, acima de tudo, comportamentos isentos de beatitude, para não dizer demoníacos.
Apesar da minha laicidade, sou produto de uma sociedade com grande influência cristã e, talvez por isso, alguns dos valores que defendo sejam comuns.
Outros há que, defendendo esses valores, agem como se os conceitos fossem exclusivos de quem professa a mesma doutrina religiosa, interpretando-os à luz da sua conveniência e de acordo com as circunstâncias. Ao estilo: “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”.
O exemplo mais recente veio da classe política. Os mesmos que encabeçaram as manifestações anti xenofobia, racismo e homofobia, em nome dos valores humanitários cristãos que devem ser constantemente defendidos, foram os mesmos que enviaram, para Moscovo, dossiês pormenorizados sobre todos os participantes russos que estiveram na manifestação contra o governo daquele país. Só ficou por explicar qual o valor humanitário cristão adjacente a este acto delator.
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