quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Crónicas de escárnio e Manu-dizer 6 – Emanuel Lomelino

Imagem cmjornal

14-07-2024

É estranho viver numa época em que (dizem) a humanidade está cada vez mais individualista, mais solitária, mas assistirmos à criação espontânea de hordas de Madres Teresas – não obrigatoriamente de Calcutá – a defender causas supérfluas, numa espiral de antitudo e mais alguma coisa, só porque alguma alma iluminada (que ninguém conhece) decretou que todos devem pertencer a um grupo, sob risco de, ao não fazê-lo, cair em fenómenos depressivos.

Depredar espaços e equipamentos públicos, como forma de contestação, jamais poderá ser considerado terapia antidepressiva. Isso é vandalismo.

Atacar indivíduos, de forma indiscriminada, com actos de intimidação e violência colectiva, não é paliativo para a ansiedade, é cobardia pura.

Perseguir, ameaçar e fazer linchamentos de caráter, porque alguém disse ou cometeu uma alarvidade, nunca será prescrição médica para aliviar o stress, isso é leviandade.

Participar neste género de embriaguez comunitária não é liberdade de expressão, tampouco é exercício de direitos adquiridos, é simplesmente associação criminosa e atentado aos valores que, pasme-se, estas massas, de mentecaptos egocêntricos e neodepressivos, dizem defender.

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