Pensamentos literários
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Eu gostaria de ser clássico como Séneca e poder aconselhar: apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida.
Gostaria de ser erudito como Oscar Wilde e poder falar: a vida é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas só existe.
Eu gostaria de ser lúcido como Bob Marley e poder declarar: não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida.
Eu gostaria de ser profético como James Dean e poder sentenciar: sonhe como se fosse viver para sempre, viva como se fosse morrer amanhã.
Eu gostaria de ser pretensioso como Picasso e pintar numa tela: eu gostaria de viver como um pobre, mas com muito dinheiro.
Eu gostaria de ser engraçado como Chaplin e poder mimicar: a vida é maravilhosa se não se tem medo dela.
Eu gostaria de ser complexo como Nietzsche e poder dizer: torna-te aquilo que és.
Como não posso ser nenhum deles nem falar, com mais propriedade, o que já disseram, limito-me a seguir a dica do Friedrich e, sendo eu mesmo, vou parafrasear Pessoa, dizendo: tenho em mim todos os sonhos do mundo. Apenas decidi deixar de correr atrás deles.
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