terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Soneto do imigrante

Com suas trouxas numa mala de mão
a saudade estampada no peito
busca ser feliz, tem esse direito
parte para bem longe com ilusão

Noutro solo a fala é confusão
tenta entender-se de qualquer jeito
mas estando no conforto do leito
chora amargamente de solidão

Trabalha numa terra estrangeira
de Sol a Sol vai fazendo p'la vida
respirando o ar da estrumeira

A pensar na sua família querida
luta com muita garra costumeira
vida de imigrante é sofrida

4 comentários:

  1. Olá Manuuuuuuuu

    A vida assim como o mar
    é um ir e vir contínuo e de fases,
    que sempre trará de volta
    aquilo que o tempo apartou
    um dia do nosso coração.

    Beijos perfumados neste seu coração.

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  2. Manu
    Um poema muito verdade, adorei.

    Votos de um 2010, cheio de amor felicidade e paz.

    beijinhos

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  3. Manu
    Também vivi dez anos longe, longe , e sei do que nasce de presença na distância. Diáspora. Pontes de alma para a nascença da Pátria, do Lar, das Raízes. Só longe se sente o Perto. E quando se regressa trazemos outro olhar. Mas...deixa-me dizer-te: obrigado pela tua presença em momentos importantes da minha vida. Deixa-me dizer-te: BOOOMMMM ANO. FELIZ.

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