terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Escrevinhador (inédito)

Gastei o que de melhor havia em mim
a escrever alguns versos sem métrica
sem preocupações a nível de estética
sabendo que fazia outro poema ruim
 
Eu sei por que me desperdicei assim
de uma forma tão vil quanto frenética
sem arrufos de inspiração académica
nem co'a suavidade própria do cetim
 
Sou somente um mero escrevinhador
que se serve da poesia quando quer
deste crime atroz m'acuso e confesso
 
Contudo, dela, também sou devedor
p'lo que já me deu e p'lo que me der
e eu, em retorno, nada mais lhe peço

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Boa noite poeta!
      É sempre com satisfação que vejo a minha poesia, embora imperfeita, receber comentários dos meus pares.
      Forte abraço!

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