No mundo, o que mais se enxovalha
é o suor do pobre povo que trabalha
e o rubro sangue por ele derramado
a mesquinhez é vista como medalha
honra é uma máscara feita de palha
o mau carácter chega a ser ensinado
A mentira tem alto valor no mercado
o embuste é permitido e incentivado
intrujar já é uma rede de larga malha
a falsa argúcia é um poder instalado
o Zé-povinho trabalhador é ignorado
que apenas se respeita quando calha
E quando a garganta colectiva ralha
ao desvalido não há quem lhe valha
seu grito é imediatamente censurado
morre a questão enquanto acendalha
castiga-se o espírito a fio de navalha
e o resto do mundo olha para o lado
Aconselho todos os amigos e amigas que me visitam a lerem este artigo sobre poesia que hoje apareceu no DN. A nossa querida MARIA PAULA RAPOSO é uma das figuras da poesia portuguesa contemporânea referenciadas.
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Manu
ResponderEliminarLindo poema de intervenção...nas tuas rimas, só verdade.
beijinhos
Sonhadora
texto atual e verdadeiro.Excelenteeeeeeeee.
ResponderEliminarManda-me um beijo
De carona com o vento
Manda-me um beijo
De tempo em tempo,
Que espero ansiosa!
Na estação amor.
Beijos meus e Bom Domingo!!
Aflige, a falta de valores,
ResponderEliminarInteresses "corriqueiros"
Que se sobrepõem ,
E a indeferença de quem olha...
...
Bjs dos Alpes. E bom domingo!
Manu,
ResponderEliminarRealmente, é preocupante a inversão de valores de se vê na nossa sociedade...as esperanças são as novas gerações, que estão vindo com um outro sentido para a vida...
Um grande beijo e ótima semana!!!
Reggina Moon