sexta-feira, 19 de julho de 2024

Crónicas de escárnio e Manu-dizer 3 - Emanuel Lomelino

Imagem 123rf

 04-02-2024


A propósito da campanha publicitária da IKEA, e das notícias sobre as tentativas, de autarcas e governo, para que a mesma não visse a luz do dia, foram inúmeros os “analistas de ocasião” a usarem esse facto para “provarem” que não vivemos em democracia.

Infelizmente, tenho de alertar, os mais desavisados, que o conceito de democracia é incompatível com o gosto, ou percepção pessoal, de cada um. Antes, é um ponto de equilíbrio entre diferentes ângulos de análise.

Neste caso concreto, a democracia foi levada ao extremo. Uns usaram-na para efeitos de publicidade, com humor, sagacidade e oportunismo legitimo, outros usaram-na no seu direito de opinião.

A falta de democracia existiria se a campanha tivesse sido anulada pelos interesses de alguns incomodados. Ora, isso não existiu.

Alguns dirão: - Ah, mas a tentativa de censura existiu e isso é antidemocrático! – A esses respondo: - Tentativa não é facto. E atitudes antidemocráticas não significam ausência de democracia.

Deixemos de gritar “olhó lobo” por tudo e nada. Um dia o lobo aparece de verdade, ninguém acredita, e depois é tarde…

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