sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Meu mar c/ Lita Lisboa


Na escuridão da noite
oiço um apelo.
Escuto o murmúrio das águas
que segredam às fráguas
mil e um prantos
outras tantas mágoas.
Aproximo-me sem medos
do mar escuto os segredos
que de mim já não esconde
porque precisa partilhar.
E desabafando, o mar se acalma
pouco a pouco fica sereno
e neste diálogo ameno
descubro que tem alma. 
 
O mar chama por mim
não o rejeito.
Tal como a lua
que lá do alto se insinua
e se deixa envolver
pela nuvem que flutua.
Assim me envolve o mar
com que me deixo embriagar
como se fosse uma taça
onde o vinho saltitasse em espuma.
Adoro o mar, com ele perco o juízo!
E nessa flutuante sensação
entro nas ondas com a ilusão
de que estou a entrar no paraíso.

Poema retirado do meu livro LICENÇA POÉTICA [duetos lomelinos] - Lua de Marfim - 2011

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