Sentado num banco de jardim
contemplo o mundo em redor.
Observo os pássaros no céu
e invejo-lhes as asas.
Ausculto o piar da coruja
e namoro-lhe o timbre.
Vejo os peixes no lago
e cobiço-lhes a independência.
Escuto o coaxar das rãs
e anseio-lhes a liberdade.
Fito as árvores outonais
e ambiciono-lhes o desembaraço.
Espreito as flores matizadas
e almejo-lhes as cores e os cheiros.
Perscruto o som da brisa
e desejo a sua frescura.
Sinto na pele o calor do Sol
e quero a sua grandeza.
Oiço o regato borbulhante
e peço-lhe a pureza.
Diviso um casal de namorados
e suspiro-lhes o amor.
Pois Deus nos deu tudo isso, somos também animais cuja diferença é que podemos pensa, raciocinar, e isso levado ao extremo, apaga todas as nossas outras qualidades, deixamos de lado a simples integração à natureza, que é na verdade a nossa única casa.
ResponderEliminarUm lindo poema!
abraço
Só te faltou dizer, para que fosse tudo perfeito, que eras aquilo que vias, a natureza com que te identificavas...Prosa singela e bonita. Simples e poética. Palavras cantantes e contentes, rodeadas de seres vivos felizes, que simplesmente são, porque nada questionam. Gostei.
ResponderEliminarLindo poema e de muita inspiração.
ResponderEliminarFeliz Noite.........M@ria
Que lindo poema Emanuel. Adorei sua sensibilidade.Estou lhe devendo uma visita faz tempo né, rs. Me desculpe, cabeça a mil.Voltarei sempre para te ler. Agradeço suas visitas e comentários. Bjsss poéticos
ResponderEliminarBonita tela...
ResponderEliminarTambém tu fazes parte dela... sem ti, não havia poema. E nós, leitores, como é que a visualizariamos?
beijo
Continuas em alta...parabéns
....
ResponderEliminarO sonho é um direito dos poetas.
Talvez o único verdadeiro direito, amigo.
Um abraço
"Fito as árvores outonais
ResponderEliminare ambiciono-lhes o desembaraço."
E as folhas caem desinibidas
ao vento das conquistas
as árvores de repente nuas
buscam mais um momento
de divina embriaguez
o ar frio, no entanto,
marca o regresso
de espadas e protestos
E as cores vão esmorecer vazias
e ganhar outros tons de ira...
a chuva fina molha o chão
persistem a emoção e a alegria
mas nenhuma fantasia
só coerção...
...
meu sentimento atrevido
em meio a toda esta contradição
quer a candura, a grandeza
de um tema pleno, de doce beleza
um remédio para a nostalgia
com certeza, algo singular...
um poema igual ao teu, de fato.
...
Adoro tuas visitas, são sempre inspiradoras. Grande abraço, meu amigo.