segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Vontade (2011)


Ai que vontade!
De te sussurrar montes e vales
numa promessa de tempo
deitados num mar de golfinhos.
Ai que vontade!
De te falar das minhas fases de lua
e ouvir os teus cantos de céu
nas vozes trémulas dos anjos.
Ai que vontade!
De perder toda a consciência
no leito macio de um bosque
e aí depositar um beijo quente.
Ai que vontade!
De me fundir em ti num abraço eterno.
Percorrer as estradas do teu corpo
como um vagabundo sem mapa.
Ai que vontade!
De deitar a cabeça na fonte do teu ventre
deixar-me afogar na tua seiva
e respirar a vida pela primeira vez.

2 comentários:

  1. Amigo: gostei do teu poema muito bom mesmo,
    Um Abraço
    Santa Cru

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    1. Boa noite poeta!
      É sempre com satisfação que recebemos comentários dos nossos pares!
      Forte abraço!

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