domingo, 5 de maio de 2024

Diário do absurdo e aleatório 299 - Emanuel Lomelino

Imagem uol

As dores deixaram de ser passageiras e as sílabas tónicas jamais serão analgésicos para a contemporaneidade.

Por mais pensadas que sejam as frases, a criatividade é um ente falecido por excesso de penas ocas.

Há um movimento de passadeira boémia tão ébrio quanto uma reunião de enólogos descredibilizados e os rótulos estão fora de validade para safras novas.

A mesmice é uma obstinação desta época, sem contrastes, como fosse sinónimo de capricho bafiento.

Há uma tendência autofágica que amputa o simples porque as manchetes da moda requerem odes à vulgaridade.

Valha-nos o santo papel reciclado.

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