segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ANTÓNIO RAMOS ROSA

As palavras também têm infância
nascem e crescem e inventam-se
ganhando corpo numa frase
e alma nas estrofes do poema.
As palavras jovens não temem o mundo
nem receiam a vida por serem imortais.
Adultas, são sérias e dignas
e juntam-se aos seus pares
em livros que pretendem ser memória.
Por mais que custe ao poeta
todas as palavras mesmo rasuradas
sobreviverão ao seu parteiro
e atravessarão a eternidade.
As palavras não são naturezas mortas
nem mesmo quando queimadas.


Poema extraído do meu livro POETAS QUE SOU - Lua de Marfim - 2013

Neste dia triste para o universo das letras portuguesas, quero deixar a minha solidariedade e sentidas condolências aos familiares e amigos do grande poeta que hoje nos deixou. Até sempre mestre!

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