sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Lá fora a chuva cai

Lá fora a chuva cai.
Neste meu beco de ideias
tento alinhavar conceitos
em esboços de poesia
que me fogem ao sentido.
Lá fora a chuva cai
em bátegas inclementes
que, ruidosas,
desconcentram-me
impedindo-me de ser criador.
Lá fora a chuva cai
e talvez a água vertida
não queira ser poema
e ao diluir-se
lave o saber que me falta.
Lá fora a chuva cai
senhora de si
alheia ao mundo
alienada de mim
e do poema
que tento escrever.
Lá fora a chuva cai
com suas gotas de água
grossas
insensíveis
absortas
que ignoram a poesia
sendo elas próprias
poemas líquidos.
Lá fora chove poesia.

6 comentários:

  1. Estou aki meu querido e com saudades de voce .

    Lá fora a chuva cai.
    Neste meu beco de ideias
    tento alinhavar conceitos
    em esboços de poesia
    que me fogem ao sentido.

    Affffff.........lindo e como é bom sonhar.

    Beijos e Beijos prá ti.

    ResponderEliminar
  2. Lá fora a chuva cai e aqui goteja uma pequena lágrima atenta...
    o poema líquido está aí...inundando nossa alma!

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. Suas marcas são essenciais aki neste cantinho
    que tanto ama suas visitas.

    Voce é especial aki sempre...BOM FDSSSSS

    ResponderEliminar
  4. A chuva chove mansamente… como um sono
    que tranqüilize, pacifique, resserene…
    A chuva chove mansamente… Que abandono!
    A chuva é a música de um poema de Verlaine…

    E vem-me o sonho de uma véspera solene,
    em certo paço, já sem data e já sem dono…
    Véspera triste como a noite, que envenene
    a alma, evocando coisas líricas de outono…


    Beijusssssssssssssssss

    ResponderEliminar
  5. Lá fora a chuva cai...
    Dentro de ti brota a poesia

    Sempre no teu mais alto nível!

    Parabéns

    beijo

    ResponderEliminar
  6. Aqui, nesse momento também chove, mas uma chuva tão gostosa para um dia quente, que tem o cheiro da terra molhada, o cheiro da poesia..
    Um abraço, lindo final de semana

    ResponderEliminar