quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Poeta arqueólogo

Poeta que estás por vir
arqueólogo do futuro
que meus poemas vais desenterrar
a ti te peço delicadeza
perante o que agora escrevo.
Não tentes escavar significados
nada de oculto existe na minha poesia.
Não procures intenções escondidas
nos versos que fiz e faço.
Não queiras que meus poemas
sejam a tua verdade.
Não autopsies o meu legado.
A minha poesia não está
nem nunca estará morta
e sobreviverá à minha existência.
Todos os meus versos são claros
tal qual as estrelas têm luz própria.
Estes meus poemas que vais encontrar
ler
estudar
declamar
contestar
discutir
plagiar
são pedaços do meu sentir
trechos do meu pensar
momentos da minha vida.
A ti poeta do futuro
arqueólogo da minha obra
peço vergado pela humildade
não desfigures a minha poesia
não mates o que restará de mim
após a minha transformação.

3 comentários:

  1. Não tentes escavar significados
    nada de oculto existe na minha poesia.

    lindo isso Manu......são pedaços do meu sentir.

    Lindo pensar......Parabéns....Te admiro muito.

    Amo passar por aki.......Beijos sempre!

    M@ria

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  2. Tudo o que escrevemos são os pedaços mais puros da nossa verdadeira essência.
    Suas palavras revelam isso!

    Um abraço carinhoso

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  3. Magnifico, um recado poético que deveria ser levado a sério, porque ninguém deveria apossar-se ou mesmo interpretar de modo diferente, quando já não estamos mais aqui para defender o poema...
    abraço

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