sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quem me dera

Quem me dera ser uma ave e voar nos céus
em vez de ser esta planta de raízes profundas
quantas vezes vejo meus ramos baixarem à terra
tentando arrancar-me desta prisão
Quem me dera ser um pássaro livre
deixar que meus olhos voassem tão longe como a alma
e sentir no rosto a brisa da esperança
Quem me dera ter asas de Condor
e no céu azul, libertar-me de vertigens
voar para bem longe deste destino que atordoa
Quem me dera não ser árvore acorrentada
que minhas lágrimas resinosas cessassem
Quem me dera que os Outonos não viessem
e que minha folhagem não caísse desamparada
Quem me dera ser Verão eterno
ter o brilho do Sol em permanência
ser capaz de ver com a alma
e deixar de sentir com a mente
Quem me dera! Quem me dera!

1 comentário:

  1. Quem me dera conseguir passar para as letras sentimentos puros assim...
    Eu também tenho algo escrito com o mesmo título.
    E é um dos meus poemas preferidos, pois escrevi para alguém muito especial!
    Um abraço carinhoso

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